Plano de Mitigação e Adaptação a Resiliência Climática

Governo do Estado do Espírito Santo

Atlas Climático de Cenários Futuros para o ES

O objetivo do atlas é oferecer, por meio de um conjunto de mapas e gráficos, a distribuição espacial das variáveis climáticas no Espirito Santo ao longo dos anos (cenários futuros).

Esses produtos foram produzidos considerando os cenários de Representative Concentration PathWay (RCP) 4.5 e 8.5. Este atlas pode servir como uma ferramenta fundamental para pesquisadores, formuladadores de políticas públicas e interessados na temática de mudanças climáticas (adaptação e mitigação).

🔍

Cenários do ES em Destaque

...
🌎

Dados de Modelos Climáticos

...
💡

Referência para Tomada de Decisão e Pesquisa

...

O que é RCP?

O RCP recebe esse nome em função das emissões futuras de gases do efeito estufa (GEE), fundamentados em um conjunto de conjecturas coerentes e fisicamente sólida sobre suas forçantes radioativas, tais como, demografia, cenário socioeconômico e mudanças tecnológicas (Meinshausen et al., 2011). Cada RCP abastece os conjuntos de dados, espacialmente distribuídos, com informações sobre as mudanças no uso e cobertura da terra, bem como nas emissões setoriais de poluentes do ar, apontando as concentrações anuais de gases de efeito estufa e as emissões antropogênicas até o ano 2100 (IPCC, 2014; Jarraud; Steiner, 2012; Moss et al., 2010; Riahi et al., 2017).

Os cenários são identificados pela sua forçante radioativa total, expressa em W/m-2, que poderá ser alcançada antes ou durante o século XXI. Assim, os principais cenários RCP são: RCP 2.6 (Baixas emissões), RCP 4.5 e 6.0 (estabilização de médias emissões de GGE) e o RCP 8.5 (altas emissões).

METODOLOGIA DOS MAPAS DE CHUVA E TEMPERATURA

A seleção dos modelos climáticos empregados foi realizada com base nos resultados apresentados no Relatório Técnico-Científico de Avaliação de Desempenho de Modelos Climáticos para o Brasil (Alves, 2023). A escolha dos modelos seguiu critérios de desempenho estatístico, assegurando maior confiabilidade às projeções futuras. Esses dados possuem resolução temporal diária e abrangem o período histórico de janeiro de 1995 a dezembro de 2014. Foram considerados cenários históricos e projeções futuras, devidamente processadas e harmonizadas para a área de estudo.

Com base em Alves et al 2023 e Tavares et al 2023, foram selecionados diferentes conjuntos de modelos de acordo com a variável de interesse. Para precipitação (pr), foram utilizados os modelos NorESM2-MM, GFDL-ESM4, INM-CM5-0 e MRI-ESM2-0. Para temperatura máxima (tasmax) e mínima (tasmin), foram considerados os modelos MRI-ESM2-0, CNRM-ESM2-1, CanESM5, NorESM2-MM e CMCC-ESM2.

Para validação e correção de viés dos modelos, foi empregado o conjunto de dados Daily Gridded Meteorological Variables in Brazil (BR-DWGD), desenvolvido por Xavier et al. (2022). Esse conjunto é baseado em observações terrestres interpoladas a partir de pluviômetros e estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e da Agência Nacional de Águas e Abastecimento (ANA), respectivamente. O BR-DWGD apresenta resolução espacial de 0.1° x 0.1° para todo o território brasileiro e disponibiliza séries diárias de precipitação, temperatura máxima e mínima do ar próxima à superfície, no período de 1961 a 2020.

Ressalta-se que os modelos climáticos do CMIP6 foram interpolados para uma grade de 0.1°, empregando a técnica de interpolação bilinear, a fim de manter consistência espacial com os dados de BR-DWGD (Abdelmoaty, 2025; Tavares, 2024). Essa etapa é essencial para garantir a comparabilidade direta entre os conjuntos de dados, permitindo a aplicação de procedimentos de validação, correção de viés e cálculo dos indicadores climáticos de forma robusta.

A correção de viés dos modelos climáticos foi realizada por meio do método delta aditivo ancorado ao observado. Essa abordagem consiste em calcular a diferença média entre as projeções futuras e o período histórico simulado pelo modelo, ajustando em relação as observações de referência (Maraun, 2016).

Todos
Todos Anual Mensal Sazonal
Expandir
...

METODOLOGIA DE ÍNDICES EXTREMOS CLIMÁTICOS

Os índices climáticos extremos também foram produzidos para essa página. Eles foram calculados a partir da variável temperatura diária (T) e precipitação diária (PR). O cálculo dos indicies segue a proposta do Expert Team on Climate Change Detection and Indices - ETCCDI.

Todos
Todos CDD CWD PRCPTOT R10mm R20mm R95p R99p RX1day RX5day
Expandir
...
Plano de Mitigação e Adaptação a Resiliência Climática

©2025 Desenvolvido pelo SEAMA e CPID.

Governo do Estado do Espírito Santo